Caras Direitas já é instituição de solidariedade social

" Por despacho da Direcção-Geral de Segurança Social foi já efectuado o registo definitivo do Grupo Caras Direitas em Buarcos reconhecendo-lhe o estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS). Um processo que demorou anos e que, para o presidente da colectividade, significa «um acréscimo de responsabilidades para com a sociedade de Buarcos e da Figueira», garantindo que, com esta pretensão «não chegamos a meta nenhuma, antes ao ponto de partida para certos projectos que há muito anisávamos».Projectos esses, segundo José Gaspar, que passam pela área de acção social, designadamente a abertura de uma creche «que complemente todos os equipamentos que estão em funcionamento, uma vez que a média de resposta concelhia é inferior à media distrital». Essa creche terá algumas particularidades, como o funcionamento ao fim-de-semana e durante a semana com período mais alargado. «Hoje em dia o comércio tem horário alargado, muita gente na sociedade trabalha por turnos e vemos as pessoas a terem de pedir a familiares ou amigos para irem buscar os filhos», salienta o presidente do Caras Direitas, que faz questão de sublinhar que, desde a primeira hora em que pediram o estatuto de IPSS foi com a intenção «não de ser concorrentes de ninguém, antes complementar as valências que já existiam e abarcar outras». Além disso, pensam também disponibilizar um serviço diferente de “baby siter”, que, em caso de doença da criança, vai a casa para que os pais não faltem ao trabalho».Mas este novo estatuto vai permitir também «abrir um vasto programa de objectivos futuros desde que sejam respostas válidas para anseios da população», sem descurar «o universo da população associada com alguma idade». Aliás, para os seniores «há ideias, baseadas na nossa experiência, no nosso dia-a-dia», frisa José Gaspar que recorda que em Buarcos, os “centros de dia” funcionam no Largo da Varina, no Largo da Capela de Nossa Senhora da Conceição, ou seja, «são pessoas que nasceram no mar, gostam do mar não se sentem bem entre quatro paredes», além daqueles que «olham para os lares e centro de dias como depósitos à espera do fim. Queremos algo diferente e dizer-lhes que a experiência de vida é importante para os outros, principalmente os mais jovens, para os quais também não há respostas».Daí a importância do Centro Comunitário, onde «os jovens podem interagir com seniores, para partilharem valores e experiências de vida», ou seja, é concretizar o ditado “aprende uma arte e põe-na de parte”. Para já a instituição encontra-se em fase de remodelação administrativa, seguindo-se uma reunião «o mais rápido possível, para dizer que temos este estatuto e que estamos dispostos a trabalhar com todos os parceiros da rede social». "

Noticia publicada pelo jornal Diário de Coimbra, no dia 7 de Abril de 2009, escrito por Bela Coutinho

Liliana